Jacaré (Antônio da Silva Torres), compositor e instrumentista (Recife PE 12/6/1929—01/04/2005), fez os primeiros estudos com seu pai, Josias, que era barbeiro, e, aos nove anos, já começava a solar no cavaquinho as primeiras composições. Trabalhando como ajudante de alfaiate, recebeu o apelido de Jacaré, dado por Arlindo Melo, também compositor de marchas carnavalescas e alfaiate.
Em 1957 passou a integrar o regional da Rádio Clube de Pernambuco, ao lado de músicos de renome na época: Felinho, China, Otacílio Feitosa, Nelson Miranda, Martins da Sanfona, Martins do Pandeiro e outros. Atuou no Rádio Clube até 1964, quando, com o fim dos programas de auditório, foi ganhar a vida tocando na noite, nos bares Canavial Drinks (dirigido por Heloísa Helena), Hotel São Domingos, Casa-Grande & Senzala e, já em 1982, no Bar do Bispo.
Participou, em outubro de 1984, do projeto Recife e Seus Artistas Populares, promovido pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, ocasião em que conheceu Hermínio Bello de Carvalho e Maurício Carrilho, que o convidaram a integrar o Projeto Pixinguinha daquele ano.
No ano seguinte, 1985, gravou seu primeiro e único disco: Jacaré — Choro frevado, sob o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Recife. O disco só contém composições de sua autoria: Galho seco, Saudade de Limoeiro, Goianinha, Jacaré de saiote, Silvana, Vai e vem, Jacaré voador, Jacarezinho, Chorinho caiçara, Pro Hermínio, Sem rancor, Jaciara, Saudoso cavaquinho.
CD
Choro frevado, 1998, Funarte/Atração Fonográfica ATR 32058 (Série Acervo Funarte de Música Brasileira, n 35).
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.